No seguimento da publicação anterior sobre a Abolição dos Escalões de IRS ficou prometido deixar alguns exemplos de como poderia ser a nova linha no gráfico das Taxas de IRS.
Vamos começar por analisar os dados atuais:
Esta tabela pode ser desenhada na forma de gráfico:
Como podem verificar entre as colunas azuis existe uma descontinuidade na taxa aplicada ao Rendimento Coletável, ainda que o governo afirme e exiba publicamente os valores das taxas médias aplicadas (na última coluna da tabela), note-se que não revelam o valor médio da taxa aplicada aos que ganham mais, estará esta taxa média mais próximo dos 35% ou dos 48%? Deixo este valor para o leitor tentar adivinhar. Só este facto revela bem a obscuridade do sistema fiscal actual.
Vamos agora falar do futuro, como seria um gráfico com uma Taxa Dinâmica de IRS, onde para cada Rendimento Tributável existiria uma taxa própria eliminando assim as descontinuidades e as formulas ocultas de baixar as taxas por via de “truques” da máquina fiscal. Quando falo em redução estou a falar na diferença entre a taxa normal e a coluna da taxa média que é anunciada como propaganda do governo para tentar demonstrar que o IRS é mais baixo do que seria quando olhamos apenas para as taxas base/normal.
Neste gráfico vemos na cor Rosa (uma piada dirigida ao Partido Socialista) o que seria a linha das taxas dinâmicas para que no final do ano as receitas do estado por via do IRS ficassem basicamente na mesma. Note-se que a linha cresce lentamente no início, onde os rendimentos são mais baixos e depois sobe acelerando e volta a desacelerar nos rendimentos mais altos para terminar com a taxa máxima de 48%
Vamos agora ver o que poderia fazer o governo para aumentar os impostos, sabendo eu que é sempre esse o desejo de quem gere os milhões dos outros. Não é este o meu desejo, mas é para verem como ficaria o gráfico.
Como podem verificar o que fiz foi simplesmente subir a linha Rosa, não mexi na curvatura, bastou somar uma constante, essa constante é o aumento em percentagem (%) dos impostos, naturalmente os governantes poderiam mexer no desenho da linha para procurarem minimizar o aumento nos agregados com menores rendimentos, mas depois a proporcionalidade e alegada justiça do imposto seriam colocados em causa.
Vamos agora ver no sentido oposto, o sentido que todos os Portugueses iriam apreciar, dos menos abastados aos mais ricos.
Mais uma vez bastou deslocar a linha Rosa para baixo, simples não é?
Se não concordar que seja simples por favor deixe nos comentários o seu ponto de vista devidamente fundamentado.
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